Banco Central autoriza pagamentos por WhatsApp no Brasil

O Banco Central (BC) autorizou, nesta terça-feira (30), a realização de pagamentos pelo WhatsApp, após uma análise que levou nove meses. A aprovação vale para transações envolvendo as operadoras de cartão Visa e Mastercard – que, segundo o BC, “poderão abrir novas perspectivas de redução de custos para os usuários de serviços de pagamentos”.

WhatsApp Pagamentos

WhatsApp Pagamentos (Imagem: Divulgação/WhatsApp)

A decisão foi antecipada na tarde desta terça pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto: “Vejo um casamento entre mídia social e o mundo das finanças. Os controladores têm de entender como regular, enfrentar e o que significa para competição na sociedade”, afirmou durante um evento virtual.

A autorização permite que usuários do mensageiro façam transferências, pré-pago e depósitos. Já as compras dentro do aplicativo estão proibidas.

“As autorizações de hoje não incluem os pleitos da Visa e da Mastercard para funcionamento dos arranjos de compra vinculados ao Programa Facebook Pay, que seguem em análise no BC”, diz o comunicado.


A ferramenta que permite realizar transações no WhatsApp foi lançada em junho de 2020, mas teve seu funcionamento suspenso pelo órgão regulador para investigações de “eventuais riscos” relacionados à concorrência e à privacidade. Em janeiro deste ano, a Cielo chegou a afirmar que a modalidade seria autorizada ainda no primeiro semestre.

Recurso ainda não está disponível no WhatsApp

Em nota, o WhatsApp afirma ter recebido “com muita satisfação” a decisão do Banco Central. Entretanto, a ferramenta de pagamentos ainda não está disponível para os usuários do aplicativo.

“Estamos empenhados nos preparativos finais para disponibilizar esta funcionalidade do WhatsApp no Brasil assim que possível. Agora, mais do que nunca, pagamentos digitais seguros e convenientes oferecem uma solução vital para transferir dinheiro rapidamente para pessoas que necessitam e auxiliar empresas em sua recuperação econômica”, disse a empresa.

Com informações: BC e Agência Brasil

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